quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os anos relacionados no campo "Períodos Disponíveis" são baseados no ano de diagnóstico.
Dados consolidados até 30/06/2008.

Casos de AIDS identificados na Paraíba

Freqüência segundo Ano Notificação
Ano Notificação: 2007
Município (Res): 250400 - Campina Grande
Período: 2007

Ano Notificação

Freqüência

TOTAL

8

2007

8

Os anos relacionados no campo "Períodos Disponíveis" são baseados no ano de diagnóstico.
Dados consolidados até 30/06/2008.

Casos de AIDS identificados na Paraíba

Freqüência segundo Ano Notificação
Ano Notificação: 2007
Período: 2007

Ano Notificação

Freqüência

TOTAL

171

2007

171

Alfabetização - Paraíba

% Alfabetização por Alfabetização segundo Município
Município: Campina Grande
Período: 2000

Município - Alfabetizado - Não alfabetizado - Total

TOTAL 73,31 26,69 100,00

Campina Grande 73,31 26,69 100,00

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1991 e 2000
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

Alfabetização - Paraíba

% Alfabetização por Alfabetização segundo Sexo
Faixa Etária: 20 a 29 anos
Período: 2000

Sexo - Alfabetizado - Não alfabetizado - Total

TOTAL 80,11 19,89 100,00

Masculino 73,90 26,10 100,00

Feminino 86,03 13,97 100,00

Fonte: IBGE - Censos Demográficos 1991 e 2000
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

O risco de contaminação pelo vírus

HIV na cirurgia ortopédica.

RISCOS DE CONTAMINAÇÃO

ATRAVÉS DE ATO CIRÚRGICO

O primeiro caso relatado na literatura de contaminação De um profissional de saúde pelo vírus HIV ocorreu na África,em 1983, com uma enfermeira que recebeu uma picada de agulha de uma seringa contendo sangue fresco de paciente

Contaminado. Teoricamente, vários são os mecanismos através dos

quais um profissional de saúde pode vir a ser contaminado

por um paciente: ferimentos perfurantes por agulhas, ferimentos

por objetos cortantes, exposição de lesões prévias de

pele ao sangue do paciente, transmissão através de mucosas,

queimaduras por cautério.

Durante uma cirurgia, a possibilidade de ocorrência de

um acidente que exponha o profissional ao sangue do paciente

é de cerca de 10%(11,22). Em algumas estatísticas de

cirurgia ortopédica, esta incidência e menor, o que pode ser

atribuído à utilização do no-touch technique comum entre

muitos destes especialistas(18).

As picadas de agulha constituem a ocorrência mais comum:

107 vezes em 112 acidentes (95%) para Hussain &

col.(18) e 962/1.201 (80%) segundo Marcus(20). Em geral, elesacontecem no momento da sutura, quando o cirurgião procura

recolher com os dedos a agulha que emerge dos tecidos.

As luvas cirúrgicas fabricadas em látex, desde que intactas,

constituem barreira eficiente para a penetração de microorganismos

(8). Entretanto, mesmo a utilização de dois pares

de luvas não impede o ferimento por agulhas. Após uma

cirurgia ortopédica, cerca de 50 a 60%) das vezes ocorre a

perfuração da luva externa e seis a 10% das duas luvas(9). O

mais preocupante e que em cerca de 50/o das vezes estas

perfurações não são percebidas pelos cirurgiões(11,22) .

Para o pessoal paramédic, a maioria dos acidentes perfurantes

acontece no momento do recapeamento da agulha

ou na manipulação, pelo pessoal de limpeza, de agulhas usadas

e não devidamente protegidas.

O volume de sangue necessário para a transmissão do

HIV deve ser maior do que o que está presente numa agulha

de sutura e a passagem por duas luvas limpa a agulha, reduzindo

a quantidade de sangue que chega a pele do cirurgião.

Muitas das contaminates de profissionais da saúde foram

conseqüência de inoculações profundas de agulhas ligadas a

seringas contendo grande quantidade de sangue(17).

A exposição a outros fluidos diferentes do sangue não

provocou qualquer caso de contaminação. Até hoje, o sangue

é o único fluido corporal responsabilizado pela transmissão

do HIV nos atos médicos.

Os diversos estudos realizados com profissionais de saúde

que foram inoculados por sangue de pacientes portadores de

HIV mostram que o risco de soroconversão é de três para

cada 1.000 ocorrências(7,14,16,20). É preciso considerar que, nessas

mesmas condições, o risco de contaminação com o vírus

da hepatite B é de seis a 30%.

O risco de aquisição do vírus HIV a partir do sangue de

um indivíduo com infecção esta diretamente ligado ao estado

de evolução da doença. Os casos descritos na literatura,

que apresentam soroconversão, foram contaminados por pacientes

sintomáticos(20).

Embora o risco de transmissão de HIV seja muito pequeno

após um simples ferimento percutâneo, é preciso considerar

que um cirurgião esta exposto a inúmeras picadas de

agulhas ou ferimentos cortantes durante sua vida profissional.

Assim, deve-se levar em conta a somatória dos riscos de

toda uma vida profissional e não de uma única cirurgia.

Outro aspecto da transmissão do HIV está ligado ao receptor

de um enxerto ósseo alógeno que pode estar eventualmente

contaminado pelo vírus HIV. Esta ocorrência já foi

verificada em algumas ocasiões, conforrne citação de Hernigou

& col.(l6). Tais riscos impõem a adoção de controlerigoroso dos doadores e medidas de esterilização que garantam

a segurança deste procedimento.

quarta-feira, 11 de março de 2009

MITOS E VERDADES SOBRE A COLUNA VERTEBRAL


Deformidades, dor, estalos, zumbidos nos ouvidos, rigidez no pescoço, hérnia de disco, postura e má postura, escoliose e natação, coluna e fator emocional.

Motivos para consultar um médico especializado em Coluna Vertebral?

A primeira consulta com o ortopedista especializado em coluna vertebral pode ser devido a duas situações:

1º - por uma deformidade.

A deformidade pode ser observada pelo próprio paciente ou por um familiar que identifica alteração no nível dos ombros, da bacia ou da própria coluna. Em alguns casos ao vestir uma roupa nota-se que ela não fica com bom caimento. Em geral as deformidades podem ser posturais ou decorrentes de alguma alteração na coluna mesmo.

2º - pela presença de dor.

No caso da dor ela é um sinal de que algo não esta bem com o nosso organismo. Pode ser por algum esforço físico (por exemplo, uma entorse da coluna), por lesão do disco intervertebral (hérnia de disco) ou até mesmo como manifestação de alguma doença sistêmica que pode comprometer a coluna vertebral (por exemplo, artrite reumatóide).

1. Rigidez no pescoço, e estalar com o movimento da cabeça, para direita e para esquerda, fortes zumbidos nos ouvidos.

Os sintomas de estalidos no pescoço acompanhados de zumbidos nos ouvidos são freqüentes nos pacientes que apresentam alterações osteoarticulares na coluna cervical. Eles podem estar ou não acompanhados de manifestações degenerativas na coluna. A rigidez do pescoço é provocada pelas manifestações de desgaste da cartilagem articular. Esses sintomas aparecem tanto em pessoas jovens como em idosos. Quando os sintomas aparecem aos 20 anos de idade as alterações ósseas nem sempre serão visíveis no exame radiográfico da coluna cervical. Em relação aos zumbidos podem estar relacionados com alterações circulatórias do ouvido. Um dos quadros clínicos mais freqüentes é a síndrome “cervicocefálica”. Em razão dos sintomas múltiplos o tratamento será com a atuação de vários profissionais da saúde entre eles os ortopedistas, otorrinolaringologistas, neurologistas e oftalmologistas.

2. Por quê acontece a ruptura dos discos intervertebrais?

Os discos intervertebrais são estruturas que se encontram localizada entre as vértebras. O disco é formado por um anel fibrocartilaginoso, uma estrutura gelatinosa que recebe o nome de núcleo polposo e muita água. A função do disco intervertebral é a de absorver e diminuir os impactos sobre as colunas vertebrais, provenientes das atividades físicas da vida diária. O anel fibroso normalmente mantém-se intacto nos esforços a que a coluna é submetida. Entretanto, o disco pode em determinadas situações sofrer um traumatismo ou mesmo um envelhecimento podendo ocorrer uma ruptura do anel fibroso e o núcleo polposo extravasar de seu local original, instalando-se o quadro de dor nas costas.

3. Qual a posição correta de equilíbrio da Coluna?

A posição correta de equilíbrio da coluna é a que predispõe nosso corpo a uma distribuição normal das pressões e que facilita a nossa movimentação.

Ao olharmos uma pessoa com uma postura correta ela deverá quando vista de frente estar com os ombros e a bacia nivelados com o chão, correspondendo à coluna a forma de um eixo retilíneo. Ao examinarmos uma pessoa de lado (perfil) ela apresentará curvaturas ditas fisiológicas (normais) que garantem a boa distribuição de pressão através dos discos intervertebrais. No perfil temos uma lordose cervical (convexidade posterior do pescoço), cifose dorsal (convexidade anterior do dorso), lordose lombar (convexidade anterior da região lombar), e uma cifose sacrococcígea (convexidade anterior da região do sacro e coccis). Quando ocorrer uma alteração na posição da coluna deveremos consultar um especialista para uma orientação mais especifica em relação à coluna vertebral

4.Em que casos é indicada a discectomia endoscópica?

A cirurgia de hérnia de disco é um procedimento importante nos casos de dor lombar com comprometimento do nervo ciático que não alivia após oito semanas de tratamento, piora da função neurológica dos membros inferiores ou ate mesmo de um procedimento de emergência quando correr uma compressão da medula. A técnica de remover o disco com uma incisão mínima esta indicada para casos específicos de hérnia de disco, localizada em um determinado nível e que esteja sendo executada pela primeira vez. A vantagem desta técnica é que a permanência no hospital é curta de cerca de 24 horas e a recuperação para as atividades da vida diária são mais rápidas do que as que exigem longas incisões.

5. Qual a relação entre fator emocional e dor lombar?

A dor lombar é um sintoma muito freqüente e que altera as atividades diárias do paciente assim como as suas relações afetivas familiares e profissionais. A sensação de dor é única, pessoal e intransferível. Para comprovar a relação descrita na pergunta usam-se vários instrumentos que medem os diferentes tipos de alterações da personalidade. Um dos mais simples e amplamente usado chama-se de questionário SF-36 que mede a qualidade de vida do paciente com lombalgia (dor lombar) através de 10 perguntas. Deste modo podemos ter uma analise básica sobre o comportamento da dor e a sua interferência na qualidade de vida do paciente.

6. A má postura pode prejudicar a coluna? O que devo fazer para corrigir isso?

A má postura pode sim prejudicar o funcionamento da coluna vertebral. Olhando uma pessoa de frente a sua postura será nivelada, mas olhando de perfil (de lado) observaremos que existem curvaturas ditas fisiológicas: lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e cifose sacrococcígea. Sempre que ocorrer um exagero, uma retificação ou ate mesmo uma inversão dessas curvaturas teremos o que se chama de uma má postura. Nesta situação existe a necessidade de uma avaliação ortopédica. Se não existirem problemas estruturais uma atividade física orientada ensinara o paciente a ter uma postura correta nas atividades da vida diária resultando em um bem estar físico.

7. Alongar-se pela manhã pode aliviar dores nas costas?

O habito de realizar atividades físicas deve ser estimulado na vida das pessoas. A coluna vertebral por ser um eixo que se conecta com as demais estruturas ósseas necessita alem da integridade das vértebras a perfeita sintonia com os ligamentos e músculos visando movimentos amplos e sem dor. Em situações tais como doenças inflamatórias articulares, seqüelas de fraturas ou ate mesmo o ato de dormir em um colchão de má qualidade fará com que ao acordarmos tenhamos dores nas costas. Em relação ao ato de alongar-se ele é bem vindo e deve ser realizado não só ao acordar com antes e após qualquer atividade física.

8. O que é dor lombar (como se trata)?

A dor lombar é um dos problemas mais freqüentes na pratica medica. Cerca de 90% dos adultos terão a experiência de sentir uma dor lombar em suas vidas. A lombalgia (dor lombar) é a segunda causa de ausência ao trabalho em pacientes abaixo de 45 anos. A coluna vertebral é um eixo retilíneo quando visto de frente e desempenha a função de suporte para o tórax e os braços assim como para a bacia e as pernas. Os segmentos cervicais e lombares são os mais moveis e permitem movimentos amplos em todas as direções. Porem a coluna vertebral não suporta o exagero de movimentos de rotação, hiperflexão e hiperextensão. A correta utilização da coluna vertebral prevenirá as pessoas de sentirem dor em sua coluna. Na presença de dor ocorrerá uma diminuição de movimentos implicando em piora na qualidade de vida. Uma maneira de mantermos a nossa coluna em condições de equilíbrio é o de realizarmos exercícios rotineiramente visando uma musculatura adequada para as suas funções e com isso evitaremos a presença da dor lombar.

9. Escoliose e natação

A natação não apresenta capacidade de corrigir uma escoliose porem é uma boa atividade física para manter a musculatura em condições e exercitar a respiração A escoliose é toda e qualquer deformidade lateral da coluna quando o paciente é examinado de frente. A escoliose tem diversas causas: neurológicas, congênitas, traumática e idiopática (sem um causa conhecida). Este é o tipo de escoliose a mais freqüente. Ao se falar em correção de escoliose devemos lembrar que ela só pode modificar a sua evolução durante o período de crescimento ósseo. Depois de encerrado o crescimento a escoliose não sofrerá nenhuma mudança em sua curvatura. Entre os tratamentos específicos para a escoliose, na fase de crescimento, incluem-se a observação médica, a realização de atividades físicas, o uso do colete ortopédico e inclusive o tratamento cirúrgico. Todos os métodos estão diretamente relacionados com o grau de curvatura da escoliose.

10. Quando a dor lombar se torna crônica?

A dor localizada na região lombar pode se tornar crônica se não intervirmos na eliminação ou atenuação dos problemas que desencadeiam a lombalgia. As situações que podem desencadear uma dor lombar são:

1-estiramentos na musculatura de suporte da coluna vertebral. Em geral essa situação ocorre quando a musculatura está mal condicionada para a pratica de atividades físicas, seja no esporte ou no trabalho A lesão do músculo ou ligamento ocorre rapidamente em situações de estresse muscular ou ligamentar e de um modo geral esta associada ao fumo, má condicionamento físico e à obesidade.

2- efeito do envelhecimento do corpo humano, basicamente, relacionado com a osteoporose, perda da flexibilidade e elasticidade dos músculos e ligamentos. O símbolo da osteoporose são as microfraturas na coluna vertebral que se exteriorizam na clinica por uma dor lombar crônica.

3- lesão do disco intervertebral, com o envelhecimento o disco intervertebral perde a sua resistência ocorrendo fissuras na sua periferia. Esta é uma das causas mais freqüentes de origem da lombalgia

quarta-feira, 4 de março de 2009

Traumatologia

Descritor Inglês: Traumatology

Descritor Espanhol: Traumatologia

Descritor Português: Traumatologia

Definição Português:

Especialidade médica que se ocupa dos FERIMENTOS E LESÕES, assim como resultantes de incapacidades, transtornos e ESTRESSE dos traumas físicos e psicológicos.

Relacionados Português: Ferimentos e Lesões

Amputação, causas e reabilitação.

As principais causas de amputação, bem como órgãos que mais são acometidos desse mal, além dos cuidados na fase de reabilitação são os temas enfocados nesse texto.

As causas mais comuns de amputação dos membros inferiores e superiores são de ordem vascular, por tumores e traumas decorrentes de acidentes em diversas situações. Segundo o médico gaúcho tramautologista Luiz Zanete Anicet, quando acontece esse evento, "o que se busca primeiro é tratar a causa que exige aquele procedimento cirúrgico para salvar a vida do paciente". No contexto, o mais importante é a pessoa e não o membro amputado, e nessa linha torna-se imprescindível uma abordagem global do paciente, de forma a assegurar o máximo de suas potencialidades físicas e psicológicas.

De qualquer forma, deve fica claro que os procedimentos para amputação de membros inferiores ou superiores é um ato de restauração de um órgão enfermo e não uma mutilação. Nessa conjuntura, é fundamental um trabalho integrado dos diversos tipos de profissionais envolvidos na reabilitação do paciente para estimular e valorizar a capacidade residual da pessoa atingida e assim buscar uma recuperação total.

No diagnóstico médico a amputação é considerada como um diagnóstico secundário, pois a enfermidade ou trauma recebe o rótulo de diagnóstico primário. E, posteriormente, se surgirem complicações, quanto mais cedo forem identificadas as causas, mais rápido poderá ser o controle e cura; o que possibilitará um melhor desempenho do paciente na fase da reabilitação.

Causas de Amputações

Entre as causas mais comuns de amputação de órgãos inferiores e superiores encontramos: vasculopatias periféricas, traumáticas, tumorais, infecciosas, congênitas e iatrogênicas. Destaca-se dentre elas, a vasculopatia periférica, que acomete em maior número pessoas na faixa etária de mais de 50 anos; sendo os membros inferiores (dedos, pés e pernas) os mais comprometidos. A causa mais comum nas amputações provocadas por eventos vasculares é a diabetes e o tabagismo. O Dr. Anicet salienta que a amputação de parte ou totalidade do membro se dá após o tratamento da doença original.

Já as causas traumáticas atingem também um número expressivo da população por acidentes de trânsito, de trabalho ou, em número menor, em razão de outra etiologia. Dentre os citados, os acidentes de trabalho tendem a culminar em amputações dos membros superiores (dedos, mão e braço).

Os tumores ósseos malignos como osteossarcoma também são responsáveis por amputação, especialmente de partes dos membros inferiores. Segundo o fisiatra Cezar Cavalcanti, nessa primeira fase o que deve ser tratado é o tumor para preservar a saúde do paciente e, posteriormente, através de uma equipe multidisciplinar dar todo o andamento necessário para que o paciente volte a ter uma vida normal nessa nova condição em que se encontra.

Principais Complicações nas Amputações

Entre as principais causas de complicações no coto estão deiscência de suturas, edemas, dor fantasma, ulceração do coto, inflamações, infecções, retração da cicatriz, neuromas e espículas ósseas. Esses tipos de problemas costumam afetar o coto da segunda a terceira semana após o ato cirúrgico. Os problemas decorrentes de causas como neuromas, contraturas musculares e hipotrofias, entre outras, acontecem mais tardiamente; muito embora a dor possa aparecer em qualquer época, apresentando características das mais diversas.

Um aspecto comum nos portadores de amputação é o chamado fenômeno "fantásmico", doloroso ou não, normal e ou deformado, que estará presente em 95% dos pacientes. Aproximadamente até a terceira semana após a cirurgia a maioria manifesta a percepção fantásmica de um membro normal e indolor. No entanto, alguns já se referem ao membro como deformado a partir da primeira semana. Para aqueles pacientes do primeiro grupo citado, passada as duas ou três semanas da cirurgia, o membro amputado dá a impressão de estar contorcido e desproporcional e não deveria apresentar dor.

A percepção, por parte do paciente, de um membro fantasma doloroso pode manifestar-se em membro fantasma normal ou deformado. Essa dor pode ser de leve a moderada, tolerável, respondendo de forma satisfatória à terapêutica física ou medicamentosa. Sua duração pode ocorrer durante semanas ou anos.

A dor fantasma (percepção de sensações, geralmente dolorosas em partes do membro que foram retiradas na cirurgia) é sempre grave e intensa, às vezes resiste a diversas formas de tratamento e consegue até impedir o programa de reabilitação. O surgimento pode se dar precoce ou tardiamente à amputação com duração imprevisível.

Já a dor no coto tem localização específica, apresentando características de desprazer leve, moderado ou intenso em conseqüência de diversos tipos de complicações.

"Independente da causa", comenta Cavalcanti, "todo o esforço deve ser feito para abolir a dor e a complicação deve ser corrigida, ou eliminada para que o processo de reabilitação do amputado se dê normalmente".

Outras complicações, especialmente nos membros inferiores, são os neuromas de amputação ou terminações de nervos no coto que formam um pequeno tumor neural que dá dor ou sensação de choque ao toque.

Reabilitação do Paciente

O tratamento global e integrado do paciente determinará o êxito de todo o trabalho reabilitacional programado. O objetivo final é capacitar o paciente ao maior aproveitamento de suas potencialidades de forma que ele possa ser independente nas atividades diárias da vida. Para isso, inclui-se o tratamento do coto (sem dor), com boa força muscular, sem edema e, portanto, apto para receber o soquete protético. Para o bom planejamento, o tratamento fisiátrico deve conter aspectos farmacológicos, físicos na fase pré, durante e após a colocação da prótese, psicossocial e profissional; fundamentais para o desempenho satisfatório do programa.

A avaliação fisiátrica compreende a reabilitação e a protetização. Sendo a reabilitação um procedimento terapêutico global que transcende os aspectos físicos, enquanto a protetização é a utilização de recursos técnicos especiais que visam a substituição parcial de um membro. Portanto, a reabilitação pode ser considerada mais completa se for seguida da colocação de uma prótese.

São mais comuns as próteses em pacientes com membros inferiores amputados, explica Anete. Inicialmente o paciente utiliza uma prótese chamada de pilão, com gesso, que é para adequar o coto à utilização desse recurso, tornando-o mais fino, rígido e indolor para que possa ocorrer um bom ajuste da prótese com o corpo. Além disso, o paciente deve fazer um tratamento com um fisioterapeuta para reeducação da marcha (uma nova forma de andar) e apreender a usar a prótese ao caminhar. Nessa fase, é fundamental a participação do amputado por que se ele não aderir ao programa, não conseguirá caminhar.

O Dr. Luiz Anicet conta um caso de uma paciente amputada em decorrência de um tumor que passou por todas as primeiras fases do processo de tratamento sem dificuldades perceptíveis, mas ao colocar a prótese que possibilitava a articulação do joelho para dobrar a perna decidiu, depois de um tempo de uso, fazer alterações no equipamento. Ela não quis o joelho flexível e optou por uma prótese de forma que a perna ficasse dura. "Segundo o médico é possível que a paciente não tenha sido adequadamente preparada física ou psicologicamente e sentiu-se melhor com uma prótese tipo pilão".

Por isso, torna-se fundamental a integração da equipe multidisciplinar no tratamento dos pacientes amputados para identificar, em tempo, qualquer sinal que possa comprometer o resultado do processo de reabilitação.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Fisioterapia: Fator de Prevenção e Tratamento em Pacientes Hospitalizados

Em pacientes hospitalizados é comum o aparecimento de alterações decorrentes da imobilidade prolongada a que são submetidos. Normalmente os sistemas respiratórios, cardiovascular e neurológico dos pacientes são afetados podendo, inclusive, acarretar problemas mais graves, como pneumonias, tromboses, etc.

A fisioterapia realizada nesses pacientes visa a prevenção e o tratamento de doenças respiratórias e alterações que acompanham as doenças neurológicas, ortopédicas, cardiovasculares e clínicas em geral.

No sistema respiratório a imobilização continuada promove uma diminuição da força de seus músculos. Em decorrência disso, a capacidade e o volume pulmonar são alterados e a difusão alvéolo capilar sofre modificação, prejudicando o bom desenvolvimento do sistema.

Entre as principais alterações cardiovasculares estão as diminuições da eficiência da bombas musculares. Isso significa uma diminuição do retorno venoso, aumentando o risco de trombose venosa profunda. A hipotensão postural é outra conseqüência dessas alterações que se destacam no sistema cardiovascular.

Para cada semana de imobilização há uma queda de 20% da força muscular. A atrofia muscular pode resultar em falta de coordenação motora e osteoporose quando o paciente é submetido a um grande período de imobilidade. Para pacientes neurológicos pode ocorrer ainda um déficit motor, acarretando problemas como ineficácia do reflexo de deglutição, o que significa maior risco de aspiração pulmonar, alerta a fisioterapeuta.

Idosos

O cuidado com o paciente independe da idade, contudo pacientes idosos necessitam de atenção especial. A idade aumenta o risco de morbidade e mortalidade, em decorrência da natural deterioração das funções pulmonares e cardiovasculares. É comum que pacientes idosos apresentem rigidez na caixa torácica com alterações da mecânica respiratória, deficiência do reflexo de tosse o que leva a um maior risco de infecções respiratórias.

Cirurgias

Pacientes submetidos a cirurgias torácica, abdominal superior, portadores de doenças pulmonares, obesos, maiores de 70 anos e aqueles com histórico de fumo são candidatos à avaliação e acompanhamento no pré e pós-operatório. No pós-operatório o objetivo da fisioterapia, "é prevenir atelectasias, ou seja, falta de dilatação dos pulmões (principal causa de febre nas primeiras 48 horas após a cirurgia) e infecções respiratórias". Essa prevenção é feita através do aumento da capacidade residual funcional do paciente.

Numa cirurgia abdominal importante pode haver perda de 60 a 75% da capacidade vital e a capacidade residual pode cair a valores até 20% do normal. No caso de pessoas obesas a mecânica respiratória é agravada em função do achatamento do diafragma, diminuição da expansibilidade da caixa torácica e complacência pulmonar. Além disso, os obesos podem apresentar alterações circulatórias e metabólicas.

Um trabalho de fisioterapia bem feito, tanto no pré como no pós operatório, poderá significar a diferença entre um resultado de tratamento mal sucedido para um bem sucedido.

Que é a artrite reumatóide?

A artrite reumatóide (AR) é uma forma comum de artrite (artr: articulação; itis: inflamação) que produz inflamação no revestimento das articulações, causando calor, inchação e dor na articulação. A artrite reumatóide tende a persistir durante muitos anos, e afeta comumente diferentes articulações do corpo, e pode causar danos em cartilagens, ossos, tendões e ligamentos das articulações.

Nos Estados Unidos, aproximadamente 1 por cento da população, cerca de 2,1 milhões de pessoas, padecem de AR. Qualquer pessoa pode contrair AR, inclusive crianças e idosos. A doença varia de uma pessoa para outra. No entanto ela pode começar no período inicial da idade adulta. Entre as pessoas com AR, as mulheres superam os homens numa proporção de 3 para 1. A doença se apresenta em todos os grupos étnicos e em todas as partes do mundo.

Qual a diferença entre a AR e outras formas de artrite?

Uma forma importante de distinguir a AR de outros tipos de artrite é a observação do padrão das articulações afetadas. Por exemplo, a AR afeta o punho e muitas das articulações da mão, mas, em geral, não afeta as articulações que estão mais próximas das unhas. Pelo contrario, a osteoartrite, um tipo de artrite mais comum, afeta mais freqüentemente as articulações mais próximas das unhas que outras áreas da mão. Outras articulações que podem ser afetadas pela AR são cotovelos, ombros, pescoço, mandíbula, quadris, joelhos, tornozelos e pés. A coluna geralmente é poupada, excetuando-se a região do pescoço.

As pessoas com AR têm ambos lados do corpo afetados simetricamente. Ou seja, se as articulações da mão direita estão inflamados, é provável que algumas articulações da mão esquerda também estejam.

O padrão geral das articulações afetadas, juntamente com certos resultados de exames de laboratório, tornam possível que o médico possa distinguir a AR de outras doenças.

Qual é a causa da AR?

Ainda não se conhece a causa da AR. No entanto, o sistema imunológico desempenha um papel importante na inflamação e no dano que a AR ocasiona nas articulações. O sistema imunológico é a defesa do organismo contra bactérias, vírus e outras células estranhas. Na AR, o sistema imunológico funciona incorretamente e ataca as próprias articulações do corpo e outros órgãos.

Na AR, as células do sistema imunológico se deslocam do sistema vascular e invadem os tecidos das articulações, causando inflamação. O líquido que contém as células inflamadas se acumula na articulação. As células imunológicas e inflamatórias, presentes no tecido e no líquido da articulação, produzem muitas substancias como enzimas, anticorpos e outras moléculas (citosinas), que atacam a articulação e podem lesa-la.

O papel dos genes

Os genes desempenham um importante papel no desenvolvimento da AR. No entanto, os genes que se associam com a AR não são herdados de uma forma simples ou direta; ou seja, não se transmitem diretamente de pais a filhos. Os genes criam uma tendência a aumentar o risco de desenvolver AR. De fato, muitas pessoas com estes genes não sofrerão nunca de AR. Alguns genes que influenciam na tendência a desenvolver AR incluem os que controlam o funcionamento do sistema imunológico. Na atualidade, os cientistas estão realizando investigações para aumentar nossa compreensão sobre estes genes, assim como de outros fatores (como infecções, lesões, mudanças hormonais e fatores ambientais) que podem conduzir ao aparecimento da AR.

A AR pode aparecer após algum tipo de infecção?

Muitos médicos e cientistas crêem que a AR poderia se desencadear como conseqüência de uma infecção, embora isto ainda não tenha sido demonstrado até o momento. A artrite reumatóide não é contagiosa. É possível que um germe comum, a que quase todo o mundo está exposto, faça com que o sistema imunológico reaja de forma anormal em indivíduos susceptíveis de contrair AR.